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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Velo Clube vence e adia sonho do título do Capivariano na A2

Fala, pessoal!

Depois de algumas semanas de planejamento, no último sábado fiz uma rodada tripla simplesmente sensacional pelo interior do estado. Ver três jogos no mesmo dia é algo normal, mas em três cidades diferentes e com 800 quilômetros percorridos era algo até então inédito na minha lista. A jornada começou de manhã na cidade de Rio Claro, local do jogo entre Velo Clube e Capivariano pela penúltima rodada do Campeonato Paulista da Série A2.

O máximo que tinha feito de rodadas triplas sem jogos na Grande São Paulo foram duas rodadas no Rio de Janeiro em 2004 e 2007 e outras duas no interior paulista em 2006 e 2013. Só que nenhuma delas vi os três jogos em três estádios diferentes. Para essa doideira, contei com a companhia do casal mais importante do jet set de Mauá, Luiz e Juliana, e a indispensável carona do motorista da rodada Luciano Claudino.

Peguei o ônibus com destino a Campinas bem cedo e às oito da matina já estava na cidade natal do maior nome da fotografia da cidade. Dali seguimos até a Capital da Alegria sem problemas. Cerca de 40 minutos antes do horário programado para o início da peleja, o Estádio Benito Agnello Castelano já tinha clima de decisão.


AE Velo Clube - Rio Claro/SP. Foto: Fernando Martinez.

Tudo porquê o Capivariano dependia apenas de uma vitória para conquistar o título da Série A2 em 2014. O Leão da Sorocabana já tinha garantido o acesso para a A1 na rodada anterior e a conquista do título que não acontece desde 1984 seria a cereja do bolo no belo trabalho que vem sendo feito em Capivari desde 2011.


Capivariano FC - Capivari/SP. Foto: Fernando Martinez.

Os números não mentem: de 2004 até 2010, o Leão fez 116 jogos oficiais, ganhando apenas 35 deles e perdendo 55. De 2011 até o jogo contra o Velo, foram 100 pelejas, com sensacionais 53 vitórias e apenas 26 derrotas. Uma mudança de postura e de atitude que levou o time de 96 anos das profundezas da Segundona para a "elite" estadual pela primeira vez de forma mais do que merecida.


Quarteto de arbitragem escalado para a partida com o árbitro Douglas Marques das Flores, os assistentes Danilo Ricardo Manis e Alex Alexandrino e o quarto árbitro Alex Lopes Loula. Junto a eles, os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Só que o Velo Clube, ainda sonhando com uma possível (mas altamente improvável) promoção, queria colocar água no chopp capivariano. Em jogos válidos pelo estadual, as equipes se enfrentaram 15 vezes em todos os tempos pelas mais diversas divisões de acesso e desde 1986 o time rioclarense não perdia para o Leão jogando na sua cidade.

Sob o inclemente calor interiorano, o Capivariano mostrou que a ressaca de todas as comemorações da semana ainda era forte. O time não se acertou em nenhum momento do tempo inicial e viu o Velo Clube tomar conta da peleja sem nenhum esforço. O maior destaque dentro de campo foi Wanderson, goleiro do Leão, dono de duas defesas sensacionais que impediram uma rápida vantagem do onze velista.


De ressaca, o Capivariano foi mal no tempo inicial contra o Velo. Foto: Fernando Martinez.

O bom futebol local foi premiado com o gol de Tiago aos 29 minutos. Aos 31 Valdo fez o segundo contando com a vacilada geral da zaga visitante. Nos minutos seguintes o Velo chegou bem perto de fazer o terceiro e quarto gols, mas Wanderson e a trave não deixaram que isso acontecesse.


Atleta velista cortando ataque do Leão. Foto: Fernando Martinez.

Como castigo, o Capivariano marcou o primeiro gol na primeira boa chegada no tempo inicial. Carlão recebeu bom passe pela esquerda, invadiu a área e chutou cruzado para diminuir. Os times foram para os vestiários com o placar apontando um injusto 2x1 para os donos da casa.


Atacante visitante encarando a marcação rioclarense. Foto: Fernando Martinez.

No tempo final desisti de ficar em campo e fui para as numeradas do Benitão. Sem vento e com um calor de mais de 30 graus foi difícil conseguir se refrescar por ali. Suando em bicas acompanhei o tempo final, que teve o Capivariano mais disposto em campo e o Velo buscando os contra-ataques.


Ataque do Capivariano pelo alto no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Grande chance desperdiçada pelo Velo Clube. Foto: Fernando Martinez.

O camisa 1 do Leão continuou se destacando, e nos 45 minutos finais Carlão, arqueiro do Velo, também mostrou serviço e impediu o empate. Com o calor, o ritmo da peleja foi caindo aos poucos e ao fim do tempo regulamentar o jogo ficou com o resultado construído no primeiro tempo.


Mais uma bola aérea dentro da área velista. Foto: Fernando Martinez.


Visão geral do Benitão na quente manhã de sábado. Foto: Fernando Martinez.

O placar de Velo Clube 2-1 Capivariano manteve o pequeno tabu, agora de 28 anos, e impediu que o Leão da Sorocabana saísse de campo com o caneco da Série A2. Apesar do revés, o time precisa de uma vitória simples contra a Itapirense dentro de casa para confirmar o título. Para o Velo, os outros resultados da rodada sepultaram o sonho de acesso, mas a campanha no geral foi boa, nada mais, nada menos do que a melhor dos últimos 35 anos.

Sem pressa, deixamos as dependências da casa rubro-verde com destino a uma cidade 67 quilômetros distante dali. E o segundo jogo do sábado foi especial, pois foi o primeiro válido pela sensacional Segundona Paulista, o campeonato mais esperado pelo JP, em 2014.

Até lá!

Fernando

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