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segunda-feira, 20 de abril de 2015

JP na grande partida de abertura da Segundona 2015

Fala pessoal!

Após mais de cinco meses de espera, na sexta-feira passada começou mais uma edição do genial Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a 11ª em todos os tempos e a 11ª que o JP terá o prazer de acompanhar. Para deixar tudo mais legal, a abertura do certame aconteceu no Baetão, com o clássico do Grupo 3 entre São Bernardo, o querido Bernô, e Grêmio Mauaense, um duelo sempre repleto de rivalidade.

Apenas trinta equipes jogam a competição em 2015, nove a menos do que em 2014, mas é fato que a fórmula de disputa melhorou demais. Temos três chaves com dez times cada e os quatro primeiros se classificam. O grande barato é que agora ao invés de apenas oito ou dez partidas, todos jogarão dezoito vezes na fase inicial. Na segunda etapa os doze classificados serão divididos em dois novos grupos e os dois primeiros colocados de cada subirão para a A3 em 2016. O campeonato está previsto para acabar em 8 de novembro.

Quando estive no estádio para a cobertura da Copa São Paulo conversei com Gigio Sareto, atual "manda-chuva" do Vovô do ABC. Ele me disse na época que a chance da equipe jogar profissionalmente em 2015 era pequena, e por isso comemoramos tanto quando o alvinegro apareceu na tabela divulgada pela FPF em fevereiro. Uma salvadora parceria com uma empresa de Atibaia é a responsável pela sexta participação seguida da equipe na última divisão estadual, a primeira sem Júlio César Passarelli como técnico.

O Mauaense não cogitou ficar de fora, mas as notícias que vinham de Mauá relacionadas à montagem do time eram difusas. A informação mais "quente" foi a de uma parceria com o Santos, inclusive com a chegada do técnico Pepinho. No fim, isso não se confirmou e a Locomotiva firmou um acordo com o São Caetano, recebendo alguns atletas utilizados pelo Azulão na última Copinha.

Desde que a tabela foi confeccionada contava os segundos para o pontapé inicial do campeonato mais legal do estado. Para evitar qualquer atraso proporcionado pela véspera de feriado saí da Zona Norte bem cedo com destino ao Jabaquara. Eu esperava um cenário de guerra, mas de forma surpreendente eu e os amigos que encontrei - Rodrigo Leite, Colucci, Mário e Raul - não pegamos nenhuma fila no ponto e percorremos o trajeto de 45 minutos num ônibus relativamente vazio. Milagre.

Fomos a pé do Terminal São Bernardo do Campo até o estádio, e faltando mais de uma hora para o apito inicial já estávamos na salvadora barraquinha de cachorro-quente que sempre fica na porta do Baetão batendo aquela xepa ishperta. Satisfeito com o tardio almoço, fui então para o gramado sintético do Baetão.


Esporte Clube São Bernardo com suas meias azuis. Foto: Fernando Martinez.


Grêmio Esportivo Mauaense e sua belíssima camisa, uma das mais bonitas dos últimos tempos. Foto: Fernando Martinez.

Esse foi o 27º confronto entre os dois rivais em jogos do estadual. O Data JP informa que de 1986 até 2014 os times se enfrentaram por 26 vezes. A Locomotiva venceu dez, o Bernô seis e aconteceram dez empates. A maior vitória do Grêmio foi um 5x1 em 1996 e a maior alvinegra foi também um 5x1, esse em 2013. Em pelejas com mando do Vovô do ABC, o Mauaense também tem ampla vantagem: cinco vitórias em treze jogos e apenas duas derrotas.

Por se tratar de uma primeira rodada, muitas equipes ainda estão em formação, entre elas os times do jogo de sexta. A peleja não foi ruim, mas ficou claro que a falta de entrosamento ainda existe. Não vimos tanta qualidade técnica, mas isso foi compensado com muita garra e força de vontade dos dois lados.

Os donos da casa tiveram mais posse de bola e o time visitante levava perigo nos contra-ataques. A primeira grande oportunidade de gol da pugna aconteceu aos 15 minutos e foi a favor do Mauaense numa bola que bateu na trave após cabeçada do zagueiro Pedro Galli. Esse acabou sendo o lance mais inspirado do primeiro tempo, já que nenhum dos dois chegou próximo de abrir o marcador. O óbvio 0x0 estava estampado no marcador quando o intervalo chegou.


Pedro Galli subindo de cabeça e quase abrindo o placar para o time visitante. Foto: Fernando Martinez.


Marcação firme da zaga do Mauaense. Foto: Fernando Martinez.


Ataque do Bernô pela direita e visão da genial arquibancada torta do Baetão. Foto: Fernando Martinez.


Atleta do São Bernardo armando aquela bicuda. Foto: Fernando Martinez.

No tempo final a peleja melhorou demais e não demorou para a Locomotiva inaugurar o placar. Kauê foi derrubado dentro da área - muitos acharam que não houve penalidade, mas como eu estava longe não posso dar uma opinião mais precisa - e ele mesmo cobrou com classe para fazer o primeiro do Grêmio em 2015. Eram decorridos cinco minutos de partida.

Essa acabou sendo a primeira a última chegada incisiva do onze mauaense no campo de ataque. No restante do tempo o Bernô não deu nenhum espaço e obrigou o adversário a permanecer todo o tempo no seu campo defensivo. O problema é que todas as boas chegadas foram desperdiçadas em sequência.

A missão são-bernardense ficou menos complicada aos 29 minutos com a expulsão de Claudião depois dele tomar o segundo cartão amarelo. A Locomotiva até conseguiu segurar a bronca com onze em campo, mas com um a menos não teve jeito. Aos 37 Gabriel deixou tudo igual, para a festa da animada torcida local.


Gol de Kauê para a Locomotiva aos cinco do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


O São Bernardo tentou o empate muitas vezes pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Mais um ataque aéreo dos donos da casa. Foto: Fernando Martinez.


Classe e muito conhecimento no alto quórum presente no Baetão para a abertura da Segundona 2015. Foto: Wesley.

Sem maiores emoções até o último trilar do apito, a peleja ficou em São Bernardo 1-1 Mauaense, um empate de bom tamanho para os dois times. Na segunda rodada o Bernô pega o Manthiqueira fora de casa enquanto o Grêmio fará sua estreia no Pedro Benedetti no sábado jogando contra o CAD. Os dois voltarão a se enfrentar na primeira rodada do returno, isso em 20 de junho.

O quórum elevado de amigos e colegas presentes no Baetão se despediu do estádio algum tempo depois do apito final e dali fizemos todo o percurso de volta para a capital. No caminho, muita surrealidade, bom papo e aquela alegria já característica quando todos se encontram. E pensar que esse foi apenas o primeiro jogo da Segundona...

No sábado a jornada continuou e a pedida foi seguir para outro "clássico" da última divisão estadual na cidade de Guarulhos.

Fernando!

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